Jagun é uma divindade guerreira, originário de Ekiti Ifòn, pois acredita-se que seja filhos de um dos Òrìsà Funfun... ao que se sabe é considerado um Guerreiro Branco... Considerado invencível, por sua bravura e coragem, nunca perdeu uma batalha, o que lhe deu o título de Keledjegbe – O Guerreiro Invencível... (vodun
ligado ao tempo), é um vodun que como alguns pensam ser da família de
Sakpatá e Azunsun (vodun da terra), não o é. É um voodun a parte, ou
seja, vodun diferente da família citada, as folhas, as roupas, isès e o
assentamento de Jagun são diferentes do vodun Sakpatá e familia Azunsun;
veste-se geralmente de branco, dependendo do caminho que este venha, ou
estampados bem claros entre as cores (branca, vermelha e marrom), não
usa jamais a cor preta; suas contas são muito diferentes da família de
Sakpatá e Azunsun; não usa palha da costa,quando usa é rosada, quando
usa aze é aberto no rosto, não usa mascaras; porém, vem coberto de
acordo com a família do vodun e não trás xaxará, usa muitos búzios,
shawrò (guizo) e cabaças; dependendo da família cada um trás um
instrumento diferente nas mãos; não existe um igual ao outro dentro da
familia de Jagun; seus zandrós são diferentes do da família de Sakpatá e
Azunsun. Vodun ligado totalmente ao tempo (ayiè); vodun muito rico e
prospero mas simples ao extremo; possui fundamentos com vodun Gújá e
Jagunà (Jagunan).
Segundo
as lendas e itans, conta-se que Jagun, era Guerreiro dos Exércitos de
Obatalá e que foi enviado às Terras de Omolú para lutar pela páz em nome
de Oxalá. Por isso, ele é cultuado em algumas nações como “Qualidade de
Omolú”, por ter passado vários anos em terras de Omolú. Trata-se de um
Orixá Funfun, pois o culto a Jagun nasceu no Ekiti Efon, por esse motivo
Jagun é cultuado no Axé Efon como um Orixá separado de Omolú. Antes
dele ter ido para as terras de Omolú já existia seu culto no Ekiti, onde
era sua terra natal. Assim também conta seus itans que Jagun teve
passagem não só nas terras de Omolú, mas também nas terras de Ifé (Terra
de Ogun) e Elegibô (Terra de Osayan). Pela ordem do meridilogun, Jagun
responde no Odú Ejionilê (oitavo Odu) Odú regido por Oxaguiã, Odú no
qual também respondem outros Guerreiros Brancos como Ogun-Já e Oxaguiã
Ajagunãn. Pela ordem de chegada dos odus, o culto a Jagun nasceu no Odu
Okaran.
Os
filhos de Jágun, tem aparência jovem, são autoritários, arrogantes,
guerreiros, justiceiros, briguentos e agitados, fortes na adversidade,
costumam fazer tudo à sua maneira, ouvem conselhos dos outros, mas
costumam seguir sua própria vontade…São pessoas trabalhadoras, gostam de
tudo rápido, exigem asseio, limpeza; são pessoas impulsivas; pessoas de
espírito livre; enjoam de tudo facilmente; são dados a paixões
violentas e passageiras, são curiosos, adoram viajar. Possuem grande
proteção espiritual, boas amizades e, quase sempre, caminhos abertos.
Possuem comportamento delicado, são honestas, dedicadas e atenciosas.
Vivem com grandes esperanças, estão sempre apaixonadas, são sonhadoras,
sofrem e se desdobram para ajudar e defender os amigos. Quando são
repudiados ou sofrem algum tipo de traíção podem se tornar extremamente
vingativas e amargas. Apesar de serem guerreiras e obstinadas, as
pessoas de Jágun, às vezes se isolam preferindo ambientes calmos e
tranquilos. A personalidade dos filhos de Jágun é um misto de
caracteristicas de Ogun, Omolú e Oxaguiã.
Jágun, é uma palavra Yorubá, e significa: Guerreiro, Soldado.Jagun
é um Orixá ambicioso, luta para conquistar posição alta sem ver de que
maneira…Apesar de ser Orixá Funfun (branco), é considerado e cultuado
como Santo de Guerra, “santo quente”, carrega uma lança prateada na mão e
um facão ao adaga e muitas das vezes dependendo do caminho de Jagun ele
usa até um ofá nas mãos,pois conta se um itan que Oxalá o nomeia como o
guerreiro de todas as armas veste-se somente de branco. Usa contas
brancas rajadas de preto e dependendo da qualidade, intercalada com
contas brancas, gosta também de contas feitas de buzios e marfin. Jágun é
Orixá Jovem,quase chega ser um menino adolecente de Obatalá .. Ligado a
Obatalá (Rei no pano branco ), tem caminhos com Ogun Já, Oxaguiã –
Ajagunãn, e Ayrá. Tem caminhos também com Yemanjá e quase todas as
Yabás, pois elas acalmam sua fúria.Quem traz Jágun ao barracão é
Oxaguiã. Ele é considerado o “protetor” e “guardião” de Oxalufã. Por
ser considerado Orixá Funfun (branco) não leva azeite de dendê, e sim
azeite doce , banha de ori, adin e as vezes mel e de preferencia a banha
de Ori, suas comidas são todas brancas, aceita pipocas feitas na areia,
bolas de inhame cozido, bolas de arroz, acaçá, obí funfun (claro), come
também do Ebô (canjica) de Oxalá, assim como seus bichos também devem
ser todos brancos, por ser ligado ao rei do pano branco (Obatalá ).
Jágun dança com outros Orixás, acompanha na dança; Ogun e principalmente
Oxaguiã e Oxalufã. A
dança de Jágun é extremamente guerreira, começa com movimentos lentos,
dançando com a palma das mãos viradas ora para baixo, ora para cima,
simbolizando o céu e a terra, dança empunhando sua lança, seu momento de
"extâse" é quando salta e se sacode todo empunhado a lança de um lado
para outro, tamanha é sua fúria guerreira nessa hora.
Segundo as lendas, a lança prateada de Jágun, durante as batalhas e guerras, além de ser usada para proteção contra os males e feitiçarias e abrir os caminhos, deixava seus inimigos cegos após serem feridos por ela. Jagun, assim como Ogun, é um grande caçador, e por sinal foi ele quem ensinou seu irmão Oxóssi a caçar. Ele nao deixa também de ser um guerreiro, assim é Jagun, um grande guerreiro mas também um grande caçador. E algumas de suas cantigas relatam isso.
Segundo as lendas, a lança prateada de Jágun, durante as batalhas e guerras, além de ser usada para proteção contra os males e feitiçarias e abrir os caminhos, deixava seus inimigos cegos após serem feridos por ela. Jagun, assim como Ogun, é um grande caçador, e por sinal foi ele quem ensinou seu irmão Oxóssi a caçar. Ele nao deixa também de ser um guerreiro, assim é Jagun, um grande guerreiro mas também um grande caçador. E algumas de suas cantigas relatam isso.
Conta
o itan de Ogi-Ogbé/Okaran que existiam três irmãos: Já, Jágun e
Ajagunãn. Eram três Guerreiros que pertenciam aos exércitos de Obatalá,
lutavam e venciam todas as guerras e batalhas em nome de Oxalá e eram os
Guardiões deste Orixá. Eram chamados de Guerreiros Brancos, por se
vestirem somente com trajes brancos em homenagem a Obatalá. Eram
considerados invencíveis, por sua bravura e coragem, nunca perderam uma
batalha sequer. Sempre muito unidos, nunca se separavam. Mas um belo
dia, os três irmãos guerreiros, foram guerrear contra a cidade de Oxun.
Oxun com a grande sabedoria dos poderes de Ya mi, foi avisada que seu
reino seria atacado. Oxun ficou desesperada e foi até Ifá para saber o
que faria. Orumila mandou ela fazer um ebó, sacrificar oito Igbis à
Oxalá e com o casco fizesse um pó e soprasse nas terras de Osogbo. Assim
Oxun fez, quando os guerreiros chegaram para invadirem as terras, eles
ficaram tontos e se perderam um do outro. Aí que Jagun foi para as
terras de Omolú, Já para as terras de Ifé Ogun, e Ajagunã para as terras
de Oxagyan. Mas mesmo assim, os três irmãos sempre estão juntos,
respondem um pelo outro, eles continuam a ser Guerreiros Brancos, ou
seja, são considerados Orixás Funfun, e sempre ligados a Obatalá, seus
caminhos se cruzam…os três irmãos Guerreiros continuam nas batalhas,
sempre guerreando pela Páz. Deram essa característica guerreira aos seus
filhos. É por isso que o culto a Jagun foi assimilado ao de Omolú,
sendo que depois disso conta o Itan que ele viveu alguns anos nas terras
de Omolú e que lá encontrou uma linda mulher que também nao era das
terras, mas estava lá por outros motivos, e se apaixonou por ela,
tiveram filhos e se amam até hoje, e essa linda mulher era Yewá . Lá,
ele se juntou com o Orixá Osayn e passou a ser um grande curandeiro, e
em tempos de guerra ele cuidava dos guerreiros feridos com as porções e
ervas mágicas que Osayn o ensinou. Jagun teve uma trajetória muito
grande e bonita nas terras de Omolú, mas depois de anos retornou as
terras do Ekiti-Efon, onde Oxun era rainha e Osagyan grande gurreiro e
protetor do palácio e cidade de Oxun. Conta-se também que Jagun foi às
terras de Osogbo, para destruir a cidade e buscar Oxun, pois Oxun tinha
sua cidade onde era rainha Ekiti Efon, entao por ordem de Olooke ele fui
buscá-la. Depois disso tudo ter acontecido, Jagun viveu anos nas terras
de Omolu, Oxagyan trouxe Oxun de volta para Ekiti-Efon, por isso muitos
acabaram se equivocando ao falar que foi Oxagyan quem deu as terras de
Ekiti para Oxun, mas nao foi isso que aconteceu, ele apenas trouxe Oxun
de volta a terra onde ela nasceu e era dona junto com Olooke seu pai.
Orixá Olooke vendo o prejuizo que Jagun teve e o tempo que ficou em
outras terras, por causa de seu pedido de buscar Oxun, intitulou Jagun
Olu Efon (Guerreiro senhor de Efon), para retribuir o tempo que Jagun
ficou afastado de sua terra que tanto amava (Ekiti – Efan). Orixá Jagun
foi muito confundido com o culto à Omolu e Obaluaye, e foi por esse
motivo que muitos de seus fundamentos se perderam, mas graças a Olorum e
ao Axé Efón, está sendo resgatado todos os preceitos e orôs..Jagun
possui caminhos próprios, como Jagun Odé, Arawe, Agaba e outros..Jagun
um Orixá exclusivo do axé Efon, mas que foi migrado para as terras de
Gege Mahí e Ketú….Jagun é um lindo Orixá de grande valor no Axé Efón,
lembrando que o culto à Jagun no Efón (efan) é separado de Obaluaye….
Importante mencionar que a cidade iorubá Ijena ou Jena foi fronteiriça com o antigo Dahomé e outrora um dos grandes centro de contacto e aculturação entre duas das maiorias etnias da África os Ewe-Fon e os Yorubá...
Em território iorubá o descrevem segurando uma lança – Okò em uma das mãos e um facão – gbada na
outra... sua cor predominante é o branco e seus interditos são o vinho
de palmeira, cabe ressaltar que o vinho-de-palma é tabu para todas as
divindades da família de Òrìsà-Nlá....
Nos Terreiros Tradicionais, Jagun é acomodado em cuscuzeiras de barro branco, veste-se de branco, porta uma lança de metal branca, mas não utiliza o Àso Òdùn denominado de Azen para cobrir o corpo e não tem direito de carregar o Sasara-owó, o único entre eles que tem cânticos específicos para guerrear... Divindade
Dahomeana da luta, guerra e da execução da morte... É o mais belo
dançarino do candomblé... Representa o poder "vida/morte",
“fome/fartura", "saúde/doença", "guerra/paz" dentro do Odú Ejionilê.
Ajagun ou Jagun é poderosíssimo e costuma atender às súplicas de
todos".
O Nascimento dos 3 Guerreiros Brancos
Contam os itans (lendas), que os 3 Guerreiros Brancos, Já, Jagun e Ajagunan, foram gerados do sêmem de Oxalufã dentro do casco do Igbin (caramujo), considerados portanto filhos de Oxalufã. Portanto a Ligação dos 3 irmãos é muito grande nos enredos de santo. Todas as pessoas que são iniciadas para esses Orixás, tem que saber o quanto é importante arrumar todo o seu complexo de Orixás Funfun (Brancos) (pois estes Orisás, não existem sem um conjunto), são ligados entre si, á Yemanjá e principalmente a Oxalufã e Ayrá, pois em uma determinada época os 3 irmãos Guerreiros: Já, Jagun e Ajagunan entram novamente no casco do Igbin (deixando a vida de seus filhos parada, estagnada por um periodo) e só quem reaquece a vida da pessoa tirando-a da estagnação é Ayrá.
E os filhos destes Orisás podem sempre que puderem estar arriando uma comida a Ayrá para que ele mantenha sua vida sempre próspera e fluindo.
O Nascimento dos 3 Guerreiros Brancos
Contam os itans (lendas), que os 3 Guerreiros Brancos, Já, Jagun e Ajagunan, foram gerados do sêmem de Oxalufã dentro do casco do Igbin (caramujo), considerados portanto filhos de Oxalufã. Portanto a Ligação dos 3 irmãos é muito grande nos enredos de santo. Todas as pessoas que são iniciadas para esses Orixás, tem que saber o quanto é importante arrumar todo o seu complexo de Orixás Funfun (Brancos) (pois estes Orisás, não existem sem um conjunto), são ligados entre si, á Yemanjá e principalmente a Oxalufã e Ayrá, pois em uma determinada época os 3 irmãos Guerreiros: Já, Jagun e Ajagunan entram novamente no casco do Igbin (deixando a vida de seus filhos parada, estagnada por um periodo) e só quem reaquece a vida da pessoa tirando-a da estagnação é Ayrá.
E os filhos destes Orisás podem sempre que puderem estar arriando uma comida a Ayrá para que ele mantenha sua vida sempre próspera e fluindo.

Nenhum comentário:
Postar um comentário