sexta-feira, 25 de abril de 2014

ÀWON ARÁ MÉFÀ

ÀWON ARÁ MÉFÀ

“O CORPO SACERDOTAL DO CULTO AS DIVINDADES DA CAÇA”

Na Tradição YORÚBÀ as Divindades da Caça tem a sua importância devido à três princípios básicos:

O primeiro é de ordem material, pois esta Divindades quem possibilita as caçadas frutuosas e, em conseqüência, garante a comida em abundância.
O segundo é de ordem médica, pois os caçadores, estando frequentemente na floresta, estabelecem contato com os OLOSÁNYÌN e os ONÍSÈGUN(Sacerdotes e Curandeiros do Culto à ÒSÁNYìN), possibilitando um amplo aprendizado sobre a medicina natural.
O terceiro é de ordem social, pois quase sempre um caçador quem descobre, sob a proteção das Divindades da Caça, por ocasião de suas incursões à procura da caça, um lugar favorável para o estabelecimento de uma nova roça ou de uma futura aldeia onde ele vem instalar-se com sua família. Este caçador se torna o primeiro ocupante do lugar e o dono da terra, à frente daqueles que virão instalar-se depois dele.
Os caçadores e os pescadores, não correspondem a castas, mas sim a etnias. Suas atividades estão entre as mais antigas da Sociedade Humana: a “caça” que corresponde “duas caças”, uma na terra e outra na água hoje denominada de “pesca” representam também grandes escolas de iniciação, pois não há quem se aproxime imprudentemente das força sagradas da Terra-Mãe e dos poderes da mata, onde vivem os animais e os seres sobrenaturais. A exemplo, o caçador, de modo geral, conhece todas as “encantações da mata” e deve dominar a fundo a ciência do mundo animal.
Dentro do Panteão YORÚBÀ as Divindades da Caça mais conhecidas são:                                        ERINLÈ ou IBÙALÁMO


ODE

ÒSÓÒSI

ORÈLÚÉRÉ

LÓGUNÈDE


OTIN entre outros dos quais seus respectivos cultos se perderam na diáspora.

Afim de preservar o culto as Divindades da Caça, foi estabelecida uma Irmandade composta por um corpo sacerdotal de seis membros masculinos, dentro de uma sociedade de caçadores. Esta Irmandade intitulada de ÀWON ARÁ MÉFÀ tem contribuído muito para que o culto as Divindades da Caça no Novo Mundo não caminhe a beira da extinção como ocorre em suas terras de origem – a África Ocidental.
DENOMINAÇÕES E FUNÇÕES DOS TÍTULOS:

OLÚ ODE – Primeiro título da hierarquia dos ARÁ MÉFÀ e Chefe dos caçadores; o sumo sacerdote do culto, guardião dos segredos da gênese cósmica e das ciências da vida, detêm o conhecimento, o entendimento e a sabedoria dos mitos e ritos litúrgicos às Divindades da Caça. Este tradicionalista, geralmente dotado de uma memória prodigiosa, normalmente também é o arquivista de fatos passados transmitidos pela tradição, ou de fatos contemporâneos. O OLOODE ou ÀKÓ ARÁ MÉFÀ como também é conhecido, desempenha as suas funções auxiliado por seus dois assistentes: o ÒTUN ÀKÓ ARÁ MÉFÀ (o mais graduado dos dois assistentes de um chefe) e seu ÒSI ÀKÓ ARÁ MÉFÀ (o menos graduado dos dois assistentes de um chefe). O ÒTUN exerce a função somente na ausência do ÀKÓ ARÁ MÉFÀ e o ÒSI na ausência do. Caso ocorra a ausência inesperada dos três nada se faz. Mesmo o OLÚ ODE sendo o detentor de todo os segredos do culto ele não poderia realizá-lo sozinho por isso a metáfora a seguir nos explica: “ILÉ BABA MI NÍ ILÈKÙN MÉFÀ” - “a casa de meu pai tem seis portas” ou interpretando a metáfora para os ÀWON ARÁ MÉFÀ “seis em apenas um, um que se divide em seis”. Esta é a expressão resumida de um pacto firmado dentro do sagrado e não poderá ser violado. Desta forma todos os titulares devem serem auxiliados por seus ÒTUN e seus ÒSI.
EPERIN L'ODE – Segundo título da hierarquia dos ARÁ MÉFÀ, o Grande Caçador de Elefantes, a expressão elefante tem a conotação do maior animal de caça, não pela sua carne e sim pela sua presa, o precioso marfim; mas sabemos que o animal mais caçado são os antílopes. Detentor dos “encantamentos da caça”, aquele que antes de sair a uma caçada, com seu misterioso ÌRÙKÈRÈ passa sobre o arbusto de uma determinada folha e pela reação desta, sabia se o grupo deveria ou não sair à caça, pois na antiguidade quando um caçador aventurava-se a caçar e retornava à aldeia sem animais abatido era tido como sinal de mal agouro. Se necessitamos invocar o ÀSE das Divindades da Caça é a ele que deveremos recorrer, inclusive nos Candomblés é o EPERIN que “bate os chifres de boi” emitindo um som característicos que invocam as Divindades da Caça. Os Rito de Sacrifícios são de sua inteira responsabilidade.
KAKO ONÍKÙMÒ EKÙN – Terceiro título da hierarquia dos ARÁ MÉFÀ, “aquele que esta armado com a clave do Leopardo” o que significa que tem o poder de julgar e condenar, já que a figura do Leopardo esta associada à Justiça dos Homens. Sua função é manter a ordem política e social entre a comunidade de caçadores e a própria Irmandade, pois segundo o pacto não deve haver disputas ou desavenças entre si.
PAKÙN ODE – Quarto título da hierarquia dos ARÁ MÉFÀ aquele que auxilia o EPERIN nos ritos de sacrifícios e esta a seu cargo o trato dos animais antes e depois do sacrifício, com exceção da cozinha, pois sabemos que mesmo em território YORÚBÀ “ao homem esta vedado a cozinha ritual”.



ODE APERÍ – Quinto título da hierarquia dos ARÁ MÉFÀ detêm o conhecimento dos encantamentos, louvações, rezas e cânticos as Divindades da Caça. Este terá o direito de formar um grupo de pessoas que o auxilie no coral.



ONÍ PÓNPÓ – Sexto título da hierarquia dos ARÁ MÉFÀ o guardião do templo dos caçadores aquele que detêm o poder de invocar a força de ELÉGBÁRA, juntos protegem a comunidade dos ataques dos AJOGUN (os inimigos sobrenaturais dos Homens). Embora este título pertença a esta Irmandade, aquele que o exerce é um dos sacerdotes do Culto à ALÁKETU – o primeiro Rei da cidade de KETU e ancestral do primeiro Rei da etnia ÈGBÁ (atualmente habitantes da cidade de ABEOKUTA)



Fora desta Irmandade mas pertencente ao Culto as Divindades da Caça ou a Sociedade de Caçadores, existe um IJÓYÈ “posto feminino” denominado ÌYÀ ODE ou ÌYÁOFARASODE, guardiã dos segredos de ÌYÁ APAOKA ou ÌYÁ NBANBA e que desempenha sobretudo a função de sacerdotisa; e não poderia ser diferente entre os demais cultos, pois “nada se faz somente com homens, assim como nada se faz somente com mulheres” a exemplo temos a Sociedade EGUNGUN e a Sociedade GELEDE.
Outros OLÓYÈ “posto masculino” que merecem um estudo a parte é o AFIRIKODE ou como muitos o conhece AFRIKODE e o OMOREKUN. que em algumas tradições também e considerado como um Ara Mefa entre os oloye dos caçadores ainda temos o ONI ABO ODE, ONI TAFAODE E UMA SACERDOTISA MUITO IMPORTANTE DENTRO DESTE CULTO A IYA OFARERE.

Autor:Ogan Vinicius - Olu Ode Nile Ibualamo

mediunidade parte final

  A mediunidade é uma associação de vontade mais talento mais oportunidade mais responsabilidade mais renúncia a fim
de ajudar a muitos outros para no fim estar ajudando mais a si próprio.
           O médium vaidoso só o é porque não é lúcido e não se lembra, ou melhor, não deseja se lembrar dos erros do passado e hoje custa a admitir que sua mediunidade-trabalho
-tarefa-obrigação foi implorada por ele ao Alto no período intermissivo.
           Ser médium não é bonito e nem vantagem, mas é obrigação por opção voluntária endossada pelo Alto ao fim de auto-burilar a conduta íntima quitar karma, no atacado,
superar um novo degrau nesta íngreme escalada evolutiva da vida.

           Deus não joga dados e a vida não é brincadeira, muito menos o trabalho e a mediunidade. O amor é um direito de todas
as criaturas e nos parece que não temos outra opção senão ter coragem de enfrentá-lo.
           Dá trabalho? Sim!
           Mas ser feliz é um trabalho que compensa.
           Não existe fuga para você, tu sejas médium ou não.
           O médium pulou de pára-quedas no meio guerra, admitiu a auto-luta em princípio a pôs a cara a tapa na reencarnação a
que se propôs e no meio do caminho não há como desistir. É como uma represa que ruiu, nada segura a força da água e nada segura o fluxo de energias consciências
na vida dos seres.
           Aos médiuns nós sugerimos, abandonem as brincadeiras irresponsáveis e assumam seus serviços, nós precisamos de vocês.
Percam a vergonha de assumir sua mediunidade tanto na frente dos ignorantes tridimensionais, como aos invejosos espiritualistas ou aos parapsiquistas
multidimensionais e confiem em si.
           Auto-estima para o médium é fundamental, mas sem vaidade. Não respondam as críticas maldosas, elas merecem ser desprezadas, a melhor resposta é o resultado
de seu trabalho que só irá obter trabalhando.

Mediunidade parte 3

           O médium é o Office boy da espiritualidade e existem muitos.

           Uns trabalham nas empresas de luz e trazem as respectivas mensagens, outros trabalham nas empresas da escuridão e
também respectivamente as trazem travestidos de líderes espirituais com objetivos materiais negros.

           O médium consciente sabe que é médium, é mais lúcido, reconhece e admite a presença dos amigos espirituais e se
assume médium mesmo perante a crítica dos fundamentalistas "espumantes" que são capazes de morder a própria língua para
ofender e perpetrar àqueles que não comungam com as suas idéias estreitas.

           O médium é a última milha do telefone sem fio interdimensional. O que antes fez como brincadeira de criança hoje faz
como responsabilidade de adulto.

           O médium não é evoluído e nem melhor, aliás muito pelo contrário, a mediunidade na maioria das vezes é apenas
oportunidade kármica (dharma) de resgatar os erros do passado que pode se manifestar como fardo, como bênção ou como ambos
dependendo da situação e "n" variáveis consciências intervenientes.

           Cada médium tem um trabalho, uma tarefa ou obrigação consciencial que lhe foi gentilmente cedido pelo Alto face a seu arrependimento e vontade de mudar mas muitos
, "perecem" no meio do caminho e se atolam na repetição de erros do passado.
Outros tantos se estagnam e efetuam pequena fração de suas tarefas que antes tanto se entusiasmaram por fazer acreditando que
seria fácil.

           A mediunidade não é brincadeira, é tarefa séria e de alta responsabilidade que independe de hora, idade, local, doutrina,
religião, intelectualidade ou situação financeira.

           Cada médium programou para si adstrito a orientação de seus mentores e que seria melhor para si dentro do contexto
evolutivo.

           Mediunidade não é tarefa para os fracos e covardes, mas para os abnegados e persistentes. O Alto necessita de cada alma que se dispõe a retornar ao bem e
a assumir sua tarefa de mini-peça cósmica consciente frente ao Universo regido pelas leis de
Deus.

Mediunidade parte 2


Não pense que é melhor que alguém por ser médium, pois ser médium não é um privilegio mais sim uma missão um Dom ao qual temos que saber executar.
Esteja preparado para aceitar as dificuldades que viram com determinado dom.
Seja forte para lutar, sábio para entender, cauteloso para não errar e ao mesmo tempo humilde apara admitir o seu erro, seja paciente e inteligente para ensinar e aprender com seu próximo, persistente para seguir em frente quando tudo parecer terminado, e acima de tudo seja sincero e verdadeiro com os outros e principalmente com sigo mesmo, pois um médium que engana a si mesmo não esta preparado para os planos que Deus traçou para sua vida.

Mediunidade
A mediunidade é a capacidade que todos nós temos, em maior ou menor grau e tipos diferentes, de servirmos de veículo de comunicação entre o plano físico e o plano espiritual.

A mediunidade é a principal ferramenta utilizada na umbanda em seus trabalhos, pois através desta, os médiuns (pessoas que fazem uso direto da mediunidade) exercem poder de cura, aconselhamento e de realização espiritual para aqueles que buscam auxílio.

Através dela, ocorre o contato com os mestres espirituais; e também através dela, sanamos as nossas deficiências, nos evoluindo pela prática da caridade que ela nos oferece, no intuito de diminuir as nossas dívidas para com a humanidade. Um dom. Uma missão.

A mediunidade pode ficar latente durante toda a vida e não causar maiores problemas, ou pode "explodir", causando transtornos na saúde, na vida sentimental e na vida profissional, dependendo da sensibilidade do médium, o que varia de pessoa para pessoa.

Devemos esclarecer, entretanto, que não é a mediunidade que causa esses transtornos e sim o comportamento irregular que a pessoa passa a ter, uma vez que fica sem autocontrole, instável emocionalmente, e captando vibrações nem sempre boas, das pessoas com quem convive e dos ambientes que freqüenta.

Tudo isso contribui para que a pessoa se indisponha com seus entes mais queridos, se indisponha no seu ambiente de trabalho e, muitas vezes, perca a sua boa saúde anterior, já que normalmente assumirá um estado mental negativo.

A mediunidade é um dom que precisamos aprender a controlar e que precisa ser disciplinada. E para controlarmos esse processo, fazemos  uso do "Desenvolvimento Mediúnico".

Cuidado aos médiuns
O grande problema do médium, além da vaidade, é o deslumbre pelas coisas fáceis que nada mais são que falsas promessas de falsos chefes de terreiro.
Verdadeiros charlatães a serviço da espiritualidade inferior que prometem mundos e fundos e, o que é pior, elogia e enaltece a sua mediunidade e as entidades de trabalho, dizendo-as lindas e iluminadas, verdadeiras potestades a serviço deles próprios, estimulando assim a vaidade do médium invigilante.
Após se perder nesse caminho tortuoso, o retorno as hostes celestiais é doloroso, difícil e demorado.
Falo com o saber de quem já se deslumbrou por falsas promessas, porque infelizmente não tive quem me orientasse. Vocês têm! Façam bom uso disso e não se esqueçam que para evoluir é fundamental ter os pés no chão, a mente aberta a sugestões da Luz e o coração totalmente entregue ao serviço da caridade

Mediunidade no Candomblé

Todos nós adeptos do Candomblé ou de alguma outra religião de matriz africanas, pertencemos ao grande rol dos que se denominam ESPIRITUALISTAS.Nesse contexto, o que queremos aqui propor, é que não só no Espiritismo Kardecista ou na Umbanda o médiun está propondo uma edificação moral e uma evolução no caminho da sua espiritualidade.Também nós no Candomblé estamos diariamente trabalhando nossa mediunidade, isso inclui também aqueles que não entram em transe , como Ekejis, Ogáns, Olosayin entre outros (tais como aqueles que se denominam médiuns doutrinadores no Kardecismo e Cambonos na Umbanda).Todos nós formamos uma grande corrente da qual a espiritualidade faz uso para poder evoluir concomitantemente com nós outros.Ao yawó, muzenza ou vodunci, que pensa que candomblé é só ritual, está completamente enganado!As questões filosóficas do Candomblé estão presentes aí há milhares de anos, desde antes da chegada dos africanos na América.O Culto a Orunmila (Divindade e Senhor do Destino) talvez seja a que mais aprofunde, nos dias actuais,nesta questão.O culto a Orunmila propôe um profundo conhecimento em Itans (lendas /histórias) baseadas em narrativas de contos e cotidiano dos yorubás no grande continente negro há muito séculos.Muitas vezes essas narrativas e/ou contos versam sobre situações corriqueiras onde os animais (a hiena, o pombo, o antílope etc.) são os protagonistas.Sempre trazendo como pano de fundo uma visão moral de uma determinada situação, que sempre acaba por responder a uma questão por nós indagada.O conhecimento em Ifá (Oráculo divinatório e/ou Orunmila) corresponde ao crescimento moral e ético de cada ser humano, uma vez que essa deidade explica através de seus odus (caminhos kármicos ou dármicos) a missão de cada ser humano nessa existencia.Outro culto importantíssimo no candomblé é o culto ao Orí (Cabeça), sendo essa divindade a principal e primeira a ser cultuada pelos africanos (por ter sido ela quem nos trouxe ao mundo e portanto nos guiará sobre ele).O Orí determinará quais os irunmalés, eboras ou orisás deverão ser cultuados por cada um de nós, mas sempre é o ori quem irá determinar, pois nada será feito nem efetivado sem a permissão deste.Algumas pessoas se iniciam no candomblé, cultuam seus irunmales(orisas) mas não conseguem atingir determinados objetivos, e acabam por culpar a religião pelos seus fracassos,ignorando a realidade de que nem tudo o que queremos nos será dado, pois como já disse o Cristo Ecumênico: "A cada um será dado segundo suas obras".E muitas vezes estamos ainda "colhendo" aquilo que plantamos em nossas vidas passadas, e em prol desta realidade estaremos vivendo um odu iré(positivo) ou ibí(negativo), o que nos é revelado pelo Ifá através de Orunmila.Portanto, não basta apenas raspar a cabeça, adoxar e gritar o urunkò do seu orisa no barracão e pensar que depois disso tudo será um mar de rosas.Muito pelo contrário!Aí é que vai começar a nossa nova caminhada!Orisa é apenas um copo dágua no meio do deserto sob uma pequena árvore para nos refrescar!Mas a caminhada deve prosseguir! E seremos nós mesmos, sempre orientados pelo nosso Orí é quem iremos definir o nosso caminho rumo a um futuro bom ou ruim.Orunmila será sempre o nosso mentor nesta estrada pois é a ele quem sempre iremos buscar para não tropeçarmos em nós mesmos.Os orisas serão sempre os nossos anjos guardiães que estarão sempre prontos a nos inspirarem bons pensamentos e boas ações e o nosso orí será o executor de nossas idéias.Àqueles que não conseguem mudar, que apesar de todos os ritos da iniciação continuam a pensar que o Candomblé é uma religião MÁGICA, que como uma simples varinha de condão irá mudar tudo em suas vidas, eu só posso recomendar-lhes que procurem outra religião porque o candomblé não faz milagres em quem não é santo!Ou seja, como nenhum de nós somos, só nos resta compreendermos que estamos numa seara de entidades ancestrais que ligadas a natureza servem de instrumentos para que possamos "desenvolvermos" mediúnicamente para que quando Olorum nos chame desta vida, possamos dela sair em melhor situação do que quando cá entramos.E para que isso aconteça, precisamos ter antes de mais nada COMPROMISSO ESPIRITUAL! E isso não é nada fácil eu vos garanto!Mas, os oris-burukus(cabeças negativas) eu recomendo que busquem outro caminho, porque "não existe céu baixo para ninguém", nem no Candomblé e nem em religião alguma!

Otá - o início dos assentamentos

Um assentamento começa a ser construído sem pressa pelo médium, pe­ça a peça, elementos do Orixá, todos já consagrados, tanto no seu ponto de forças, quanto no seu equilibrio
  Um dos primeiros elementos é o Otá ou pedra do seu Orixá.
O Otá equivale a "pedra funda­men­tal" das grandes construções civis ou de grandes templos erigidos no pla­no material pelas mais diversas reli­giões.
Cada Orixá tem a sua pedra (as) e é por ela que o médium deve come­çar a constituição dos fundamentos do assentamento do seu próprio Ori­xá.
Nos relatam os nossos mais velhos que, durante o período da escravidão, quando se realizava a cerimônia de ini­ciação dos noviços, estes iam mata adentro à procura do seu Otá ou pedra do seu Orixá, e voltavam só ao ama­nhecer, já com ela entre as mãos.
Dali em diante, ela seria o mais po­­deroso elo de ligação com seu Orixá. Seria conservada com zelo e ali­­men­tan­da periodicamente para manter integralmente seu axé (poder).
Normalmente ela era condicionada em uma quartinha de barro, pois a lou­ça era um artigo raro e caro, ina­cessível às classes menos favorecidas. Panelas, vasos, tigelas, canecos, e ou­­tros utensílios feitos de bar­­ro cozido, eram comuns e de uso cotidiano, não só pe­­los in­dígenas, uma vez que os co­­lo­­nizadores mais po­bres tam­bém usa­vam uten­sílios de bar­ro cozido. Eram os vasi­lhames e uten­sílios mais po­pulares e mais baratos na­quela época, cer­to?
Hoje, quando você tem os mesmos utensílios em lou­ça, pode usá-los à vontade. Até porque as quartinhas de barro precisam passar por um envernizamento externo e por um revestimento oleoso in­terno, para que a água ou outra bebida colocada dentro dela não seja absorvida pelo barro e, sob temperaturas elevadas evapore completamente.
Então, como atualmente você não precisa sair às escondidas e em altas horas da noite para encontrar na es­curidão o seu Otá ou pedra do seu Ori­xá, recomendamos que a encontre num rio ou cachoeira pedregosa e ali, calmamente, escolha-o e assim, reco­lha-o levando-o para casa já envolto em um pedaço de pano com a cor do seu Orixá.
Mas lembre-se: Não é só chegar até o leito pedregoso do rio, catar uma pedra rolada, envolvê-la num pa­no e ir embora. Não mesmo!
Há todo um ritual que deve ser cumprido à risca se quiserem que seus Otás tenham axé ou poder de reali­zação. Abaixo vamos descrevê-lo:
1- Encontrar um trecho de rio de águas limpas que seja pedregoso;
2- Numa margem dele, oferendar nossa mãe Oxum e pedir-lhe licença para recolher dos seus domínios o Otá do seu Orixá.
3 - Depois, oferende o seu Orixá na outra margem ou, se for na mesma, faça-a mais abaixo da oferenda que fez para   Oxum.
4 - Já com a oferenda feita, der­rame no rio uma garrafa de cham­pag­ne ou outra bebida doce e 7 punhados de açúcar, oferecendo-os aos Seres das Águas, pedindo-lhes licença para entrar no rio e recolher seu Otá.
5 - Isto feito, o mé­dium deve en­trar no leito do rio e pro­curar uma pedra rolada que o atraia mais que as outras e, quando encon­trá-la, deve pedir licença à Mãe e aos Seres da Àgua para pegá-la para si.
6 - Após pegá-la, de­ve elevá-la com as duas mãos acima da cabeça e, como numa oração, dizer estas palavras: "Meu Pai (ou Mãe) Orixá tal, eis a pe­­dra de axé, o meu Otá! Abençoe-o com tua luz, com teu manto divino e com teu axé, tornando-a, a partir de agora, minha pedra sagrada!"
7 - Após fazer essa primeira con­sa­gração a pessoa deve ir até onde está a oferenda de Oxum e apre­sentá-la segurando-a na palma das mãos unidas em concha, dizendo-lhe es­tas palavras: "Minha Mãe Oxum, apre­sento-lhe meu Otá. Abençoe-o, minha amada Mãe!"
8 - Após receber a benção de Oxum, a pessoa deve dirigir-se até onde está a oferenda do seu Orixá, colocá-la dentro dela e fazer esse pe­dido: "Meu Pai (minha Mãe) Orixá tal, peço-lhe que aqui, dentro da sua oferenda, consagres essa pedra de forças, esse meu Otá".
9 - Após esse pedido, a pessoa de­ve aguardar uns 10 minutos para recolhê-la e envolvê-la no pedaço de pano na cor do Orixá. Mas antes, deve dizer estas palavras: "Meu Pai (minha Mãe), peço-lhe licença para recolher meu Otá com seu axé, e envolvê-lo nesse pedaço de pano que simboliza seu manto protetor para que eu possa levá-la para minha casa protegida e ocultada dos olhares alheios".
10 - Recolha-a e embrulhe-a com o pano. Então peça licença e vá para casa.
Chegando em casa, acenda uma vela de 7 dias e co­loque-a dentro dele. Invoque seu Orixá, pedindo-lhe que alimente-a com sua luz viva, só recolhendo-a e guar­dando-a em um local adequado quan­do a vela for toda queimada.

segunda-feira, 21 de abril de 2014

Banho para o amor



Banho para o amor

Para atrair um novo romance ou celebrar uma união duradoura, sela a cumplicidade e desperta o

desejo e a paixão.
7 pedaços de maçã - Fruta doce e suculenta.
4 sementes de maçã - Para que a afetividade e a vida a dois germinem.
4 pedaços de canela em pau - Afrodisíaco.
3 rosas vermelhas - Flores da paixão.
Jasmim - De perfume doce, protege o casamento e o namoro e preserva a individualidade dos parceiros, para que a união seja harmoniosa.

Opcional: na banheira, acrescente 15 gotas de óleo essencial de ilangue-ilangue, afrodisíaco.
Envolva tudo num saquinho de crochê, simbolizando o cuidado e a delicadeza da relação. Amarre com fita vermelha e coloque na banheira com água quente.
Ou deixe o saquinho em infusão em 2 litros de água e jogue no corpo, ao final do banho.

Mentalização: pense na pessoa amada junto de você, nas muitas maneiras de trocar afeto com ela. Firme a intenção de que a relação seja construtiva, de forma que cada um mantenha sua individualidade.

Banho cigano para atrair um amor

Este banho deve ser feito em noite de lua Cheia...
Tome seu banho normal de higiene.
Prepare este banho fervendo 2 litros de água, quando levantar fervura desligue e coloque os ingredientes, tampe por 15 m. e deixe amornar na temperatura desejada p/ jogar no corpo da cabeça p/ baixo.

Ingredientes:
- amor-agarradinho   (deve ser erva, n/ sei...)
- alfazema  (erva ou essência)
- mel
- pétalas de rosas vermelhas e amarelas
- uma maçã
Prepare esse banho durante 3 sexta feiras de Lua Cheia.
(claro que sempre mentalizando o seu pedido de que venha um amor e que seja bom p/ todos os envolvidos e sempre terminando :  Assim seja, assim será!!!!